segunda-feira, 6 de março de 2017

Síndromes


Síndrome do Pânico, Síndrome de Tourette, Síndrome de Estocolmo, entre tantas outras, são sempre tratadas como "casos isolados".

- Não consigo sair de casa, tenho medo da violência...

- Vai sair, sim senhor! O que é isso?! Você um homem ou uma ameba?!

- Ameba...

- Ameba também se mexe!

- Tá, então sou um monte de...de...

-...?

- ...Merda!!!

- Até merda se mexe!

 Tratadas invariavelmente como problema pessoal, as síndromes - sejam quais forem - têm uma dimensão social, seja na sua gênese,  quanto no seus custos para a sociedade, afinal todos vivemos nela...

- Mas tem alguém que trata as síndromes como questão social?...

- O cinema e a TV.

- Como assim, hein?!...

- Ora, quando uma multidão sai correndo desabaladamente fugindo de um fundo branco sem nenhuma ameaça real e um efeito especial cria um monstro ou tsunami, o que é isso senão uma síndrome do pânico?

- Ôrra meu, pior...

- E a TV é especialista em criar síndromes de pânico sociais sempre "dirigidas" e escusas, capazes de derrubar um governo, por exemplo.

- Ah, isso já é paranóia...

- Se os paranóicos soubessem da metade do que lhes aprontam com a manipulação das notícias íamos ter uma "síndrome paranóica social".

- Será?!...PQP!!!

- Aí temos a Síndrome de Tourette: dizer palavrões o tempo inteiro...

- Ah, não fode!!!

Viu?... Mas mais grave que dizer palavrões é virar robô da Rede Globo...


Porto Alegre,  06 de março de 2017.

Charge: Quadradinhos. net

Edu Cezimbra







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