quinta-feira, 5 de outubro de 2017

A sedução de um toque



Um toque é irresistível... Dificilmente alguém se incomoda com um toque. 

Óbvio, há excessões, como Marnie, a personagem do romance de mesmo nome do escritor inglês Winston Graham (o livro virou filme, sob direção do mestre do suspense, Alfred Hitchcock).

Um toque não precisa  necessariamente ser físico.  Ás vezes, uma pergunta tem a sedução de um toque: 

- No seu apartamento ou no meu?

Antecipo-me, pois antes dessa pergunta sutil há todo um protocolo a ser rigorosamente cumprido.

Tinha um amigo que iniciava a abordagem com uma pergunta:

- Co-co...nhece o PT (era gago)? Evidentemente, não são todas as perguntas que funcionam, mas que esse amigo popularizou o PT não há como negar...   

Nem sempre o toque tem essa função sexual explícita.

Um toque pode ter uma função compassiva, por exemplo, dar uma dica, mas sempre é mais efetivo se na forma de uma pergunta:

- Por que não te tratas com homeopatia?

- Já tentaste a acupuntura?

Quando diante de alguém que se (de)formou assistindo o Jornal Nacional, qual seria o toque sutil?

- Co-co...nhece o PT?... Não!, mais efetivo começar pela novela...

Nunca tente esganar o interlocutor, por favor! Antes, mude de assunto, distraia, fale do tempo ( que calor...), a família (como vai a senhora sua mãe?), o trabalho ( já arranjou emprego?)...

Para homens há o recurso infalível do futebol (assegure-se do time do interlocutor).

Para mulheres? Não se preocupe, elas te darão os toques sutis...

Porto Alegre, 5 de outubro de 2017.

Imagem: Google

Edu Cezimbra






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