sexta-feira, 6 de abril de 2018

O que mais?


O que mais?, pergunta clássica entre homeopatas treinados na arte de investigar a história clínica de um paciente. A pergunta tem o propósito de evitar respostas “sim” ou “não”, que dizem pouco dos pacientes.

Mais alguma coisa, freguês?, pergunta frequentemente usada por balconistas após atender um pedido de cliente. A pergunta é feita com o intuito de prosseguir ou não o atendimento e a resposta pode ser “só isso” ou “isso ou aquilo” (que pode ser a quilo ou a litro).

Curioso, não? Homeopatas e vendedores não tem nada em comum mas se valem usualmente quase que da mesma pergunta.

O primeiro com o intuito de não forçar respostas direta; o segundo desejando respostas objetivas para apressar a fila. 

Para que tantas perguntas? deve estar se perguntando o meu caro e raro leitor.

Todas essas perguntas para perguntar: o que está acontecendo aqui?! Assim mesmo, com uma pontuação de perplexidade porque o momento é mesmo de muita perplexidade, ao menos para intelectuais como juristas, filósofos e sociólogos.

E para este humilde blogueiro metido a escritor e poeta…

Será que perdemos a noção de realidade? Estaremos vivendo uma alucinação esquizofrênica coletiva? O que andamos bebendo ou fumando?!…

Sigo me perguntando: a quem interessa tantas mentiras descaradas e tantas manipulações da opinião pública?

Dizem que quando se pergunta algo é porque já temos a resposta. Pode ser, mas aqui concluo com outra pergunta que não pede uma resposta objetiva pela complexidade do “paciente”: o que mais pode acontecer nesse país tão esquizofrênico?

Outra coisa: não venham me perguntar “mais alguma coisa, freguês?” porque perderam o “freguês”...

Porto Alegre, 6 de abril de 2018.

Imagem: Google

Edu Cezimbra

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